O autismo infantil é um transtorno global
do desenvolvimento caracterizado por um desenvolvimento anormal ou alterado,
manifestado antes da idade de três anos, e apresentando uma perturbação
característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes:
interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo
(FRITH,1991/ CID 10 - 1993).
Orientando os pais
1.
Qual a
importância de levar meu filho autista ao dentista?
A prevenção é sempre o melhor caminho, então os pais devem
incluir na rotina de seus filhos a visita ao dentista, afinal ele já está
acostumado à consultas com fonoaudiólogas, psicólogas, terapeutas, etc. O
profissional irá ensiná-lo a fazer a prevenção de cáries e doenças
periodontais, além de técnicas facilitadoras para conquistar a boa higiene
oral.
2.
Meu
filho(a) será atendido amarrado?
A contenção mecânica é uma forma de estabilizar o paciente para
o tratamento odontológico. O paciente não é machucado ele é apenas
estabilizado. Esse processo só é realizado com autorização do responsável. Em
muitos casos a contenção só é usada 1 ou 2 vezes, até que o paciente confie no
profissional e sinta que não sofre durante o tratamento. Para evitar esse
procedimento é que indicamos o condicionamento para facilitar o tratamento
odontológico.
3.
Como é
o condicionamento?
O condicionamento é realizado por profissionais treinados e que
de forma lúdica apresentam o tratamento odontológico. O método
falar-mostrar-fazer é empregado nessa fase. Também são utilizados fantoches,
brinquedos, bolinhas de sabão e tudo mais que o paciente goste. Essas
informações são conseguidas durante a entrevista com os pais, antes de iniciar
as sessões de condicionamento.
4.
E se
meu filho não sentar na cadeira do dentista?
Não tem problema, nesse caso o condicionamento é realizado no
chão sobre um tapete de E.V.A.. A
medida que o profissional conquistar a confiança do paciente, ele será
transferido de forma espontânea para a cadeira odontológica.
5.
Quantas
sessões de condicionamento serão necessárias?
O número de sessões é individual porque cada paciente é único.
Não podemos criar expectativas para os pais. Nesse momento temos que explicar
que é uma tentativa, que vamos fazer o possível e que temos que acreditar que é
possível. Nesses anos todos
percebo que alguns pacientes surpreendem até os pais e logo estão
familiarizados com a rotina da odontologia.
6.
Não
seria melhor a anestesia geral e fazer tudo de uma vez?
Todos procedimentos
tem sua indicação, inclusive a anestesia geral. Até pouco tempo todos pacientes
autistas que necessitassem de uma intervenção mais invasiva eram levados ao
centro cirúrgico e submetidos à anestesia geral. Hoje sabemos que é possível
tratá-los em ambulatório utilizando as técnicas de condicionamento propostas.
Tudo depende da motivação dos pais em tentar e da formação do profissional.
7.
Meu
filho terá que ser condicionado para sempre?
Quando o paciente conhece um procedimento e o aceita, em sessão
seguinte não será necessário retomar o condicionamento porque ele já aprendeu
ou seja já adquiriu essa nova habilidade. Quando o paciente se mostrar
estressado na 2ª sessão devemos retomar o condicionamento anterior e ter
certeza que ele confiou e aprendeu.
8.
O
tratamento é diferente?
Não. O tratamento para pacientes autista é o mesmo o que muda é
a necessidade de facilitar esse tratamento usando para isso o condicionamento
lúdico.
Dra.Adriana Gledys Zink
Fonte: WWW.adrianazink.blogspot.com
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