A mordida cruzada ocorre quando um ou mais dentes da arcada dentária superior (maxila) se sobrepõe aos dentes da arcada inferior (mandíbula).
A mordida cruzada pode ser esquelética, proveniente de alterações nas proporções e ou no posicionamento dos ossos. Ou de orígem dentária, proveniente de alterações na forma e ou posicionamento dentário. Pode ser anterior (nos dentes da frente), posterior (envolvendo os dentes de trás). Pode ser uni ou bilateral.
O tratamento é importante e tende a ser mais eficaz quando realizado de forma precoce, promovendo o desenvolvimento correto da oclusão (mordida) e das bases ósseas.
Alguns fatores favorecem o surgimento da mordida cruzada:
- Anomalias ósseas congênitas;
- Respiração bucal;
- Maus hábitos (uso de chupetas, morder a tampa de caneta):
- Hábitos posturais incorretos ( dormir em cima do braço)
- Perda precoce dos dentes decíduos (de leite);
- Retenção prolongada de dentes decíduos (de leite), quando o dente permanente sem que caia o decíduo correspondente;
- Migração do germe do dente permanente;
- Diferenças (discrepância) entre o tamanho do dente e o comprimento do arco dentário;
- Fissuras palatinas entre outros.
Pode haver estalos, dificuldades ao abrir e fechar a boca, em alguns casos até dores de cabeça.
Quando não tratada, a mordida cruzada pode ser prejudicial, danificando a articulação mandibular, promovendo desgastes e fraturas nas estruturas dentais e de suporte (inclusive perda óssea). Assim como na criança, impede o desenvolvimento adequado dos ossos da face, inclusive favorecendo assimetrias.
O tratamento precoce é sempre o mais indicado. Para o adulto existem recursos relativamente simples, porém casos mais complexos podem necessitar de cirurgias e exodontias (extrações dentárias).
No caso de dúvida, consulte um ortodontista!
Dra Patricia Pessi
Especialista em ortodontia
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