Por Massimo Barbieri para a revista Mente e cérebro.
ESCOLHA O DENTISTA QUE “COMBINE” COM VOCÊ
É importante confiar no profissional, principalmente se você já teve alguma experiência desagradável em tratamentos odontológicos. E, se necessário, procure outro especialista com o qual se sinta mais à vontade.
DESCREVA SEUS MEDOS
Falar sobre como sente o problema às vezes é suficiente para aliviar a tensão. Hoje muitos dentistas estão preparados para lidar com ansiedades dos clientes; por isso, logo na primeira consulta é importante expor receios e inseguranças. Se não bastar, um psicólogo pode ajudar.
NÃO SINTA VERGONHA
Muitas pessoas ficam constrangidas e escondem seu medo de submeter-se ao tratamento odontológico. É importante saber que você não está sozinho: a odontofobia é um problema frequente, e os homens, em particular, ficam bem mais tranquilos quando admitem essa dificuldade e percebem que ter medo não diminui de forma alguma sua virilidade.
O QUE MAIS ASSUSTA
Muitas vezes o medo parece difuso, o que faz com que se torne maior e mobilize grande energia. Por isso, em muitos casos é útil discriminar esse sentimento, identificando o que provoca mais incômodo no tratamento: a injeção, o cheiro típico do consultório, o temor de sentir dor mesmo sob efeito da anestesia ou outro aspecto qualquer.
LIVRE DE COMPROMISSOS
Para as pessoas que enfrentam grande desconforto com o tratamento, “espremer” a consulta entre um compromisso e outro pode ser ainda mais estressante. Em geral, marcar um horário quando estiver menos sobrecarregado ajuda a chegar ao consultório mais relaxado. Para algumas pessoas é preferível uma hora pela manhã, já que com o passar do dia as fantasias assustadoras tendem a aumentar.
A INFORMAÇÃO PODE AJUDAR
Você pode pedir ao dentista que lhe explique cada passo do tratamento e combinar com ele um sinal para que interrompa a ação caso a dor fique muito forte; geralmente, o fato de sentir que tem a situação sob controle o ajuda a sentir-se mais seguro.
RELAXE ANTES
Não consuma alimentos ou bebidas excitantes, como café, chá-mate ou refrigerantes, pouco antes da consulta. É conveniente evitar estas substâncias também na noite anterior, já que a ideia é dormir bem e chegar ao consultório descansado.
VISITAS MAIS FREQUENTES, MENOS PROBLEMAS
É recomendável fazer duas consultas de rotina por ano. Esta assiduidade, somada a uma higiene bucal correta com uso constante de fio dental e enxaguante, costuma reduzir a necessidade de intervenções mais invasivas – e, portanto, mais temíveis.
Os pais podem colaborar
A criança deve ir ao dentista pela primeira consulta por volta dos 3 anos e retornar a cada seis meses, mesmo que não haja problemas. Dessa maneira, os pequenos se familiarizam com o consultório dentário, e quando for necessário fazer um tratamento não vão se assustar com a novidade.
O mais indicado é escolher um odontopediatra e desconfiar de dentistas que (na maioria das vezes para disfarçar a própria incapacidade) dizem que algumas crianças são muito pequenas para ser tratadas. Em geral, os pequenos são colaborativos a partir dos 2 anos e meio.
Os adultos jamais devem usar o tratamento odontológico ou o profissional dessa área como ameaça de punição, com frases do tipo “se não escovar os dentes, amanhã te levo ao dentista para te dar uma picada na boca”.
Não fale na presença das crianças sobre tratamentos difíceis ou dolorosos aos quais você ou algum conhecido tenha se submetido ou sobre experiências negativas ocorridas no dentista.
Não aceite submeter seu filho à anestesia geral, exceto em caso de extrema necessidade. Em caso de dúvida, procure uma segunda opinião e, se necessário, opte por outro profissional capaz de contornar a não colaboração da criança com outros métodos, como jogos ou abordagem acompanhada por psicólogo.
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